O interior do
Paraná puxou o ritmo de geração de emprego com carteira assinada no Paraná nos
primeiros cinco meses do ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que os municípios
do Interior registraram um saldo positivo de 20,3 mil vagas no período – o que
representou mais de 90% do emprego criado no Estado. O resultado foi
impulsionado pela agropecuária, com saldo de 3.175 vagas, e pelo setor de
serviços, com 12.066 empregos.
Há cinco anos,
as cidades do interior respondiam, em média, por 60% do saldo de vagas no
Paraná, mas desde então esse número cresce ano a ano. “O Interior vem
respondendo por entre 85% e 95% do emprego com carteira assinada no Estado,
demostrando o dinamismo da economia paranaense, além da Região Metropolitana de
Curitiba” diz Francisco José Gouveia de Castro, diretor do centro estadual de
estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social
(Ipardes).
Em 2015, o bom
momento da agropecuária paranaense, embalada pela safra recorde de soja, pelo
câmbio mais favorável às exportações e o aumento de produção nos frigoríficos
têm aumentado a oferta de vagas. No acumulado de janeiro a maio, o setor
de abate e de produtos de carne foi o grande destaque da atividade agropecuária
estadual, com um saldo de 4.648 vagas. Atividades de apoio à agricultura e à
agropecuária acumulam um saldo de 2.146 vagas no acumulado do ano e o de
fabricação e refino de açúcar somam 1.256.
O agronegócio
deve seguir contratando até o fim do ano. Somente as cooperativas anunciaram
investimentos de R$ 2,4 bilhões em 2015, projetos que devem gerar cerca de 5
mil empregos, segundo dados do Sindicato e Organização das Cooperativas do
Paraná (Ocepar).
De janeiro a maio,
Londrina e Maringá foram as cidades que mais geraram empregos no período, com
2.456 e 2.325 respectivamente. Em terceiro lugar ficou Cascavel, com 2.040, e
em quarto ficou Toledo, com 1501 vagas.
O emprego no
Interior tem ajudado a compensar a perda de fôlego na Região Metropolitana de
Curitiba, impactada pela retração do setor industrial e da construção civil. A
indústria de transformação instalada na região, como as montadoras de
automóveis, de máquinas e equipamentos e de minerais não metálicos vêm sofrendo
com a piora do cenário econômico no Brasil, com consumo em queda, juros e
inflação em alta.
De janeiro a
maio, a RMC registrou um saldo negativo de 2.344 vagas. Mesmo assim, o Paraná
foi o Estado com maior saldo de vagas no país, com 22.723.
Fonte: Agência de Notícias do Paraná
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