domingo, 28 de junho de 2015

Em cinco meses, confima o Caged, interior cria 90% dos empregos no Paraná






O interior do Paraná puxou o ritmo de geração de emprego com carteira assinada no Paraná nos primeiros cinco meses do ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que os municípios do Interior registraram um saldo positivo de 20,3 mil vagas no período – o que representou mais de 90% do emprego criado no Estado. O resultado foi impulsionado pela agropecuária, com saldo de 3.175 vagas, e pelo setor de serviços, com 12.066 empregos. 

Há cinco anos, as cidades do interior respondiam, em média, por 60% do saldo de vagas no Paraná, mas desde então esse número cresce ano a ano. “O Interior vem respondendo por entre 85% e 95% do emprego com carteira assinada no Estado, demostrando o dinamismo da economia paranaense, além da Região Metropolitana de Curitiba” diz Francisco José Gouveia de Castro, diretor do centro estadual de estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). 

Em 2015, o bom momento da agropecuária paranaense, embalada pela safra recorde de soja, pelo câmbio mais favorável às exportações e o aumento de produção nos frigoríficos têm aumentado a oferta de vagas. No acumulado de janeiro a maio, o setor de abate e de produtos de carne foi o grande destaque da atividade agropecuária estadual, com um saldo de 4.648 vagas. Atividades de apoio à agricultura e à agropecuária acumulam um saldo de 2.146 vagas no acumulado do ano e o de fabricação e refino de açúcar somam 1.256. 

O agronegócio deve seguir contratando até o fim do ano. Somente as cooperativas anunciaram investimentos de R$ 2,4 bilhões em 2015, projetos que devem gerar cerca de 5 mil empregos, segundo dados do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). 

De janeiro a maio, Londrina e Maringá foram as cidades que mais geraram empregos no período, com 2.456 e 2.325 respectivamente. Em terceiro lugar ficou Cascavel, com 2.040, e em quarto ficou Toledo, com 1501 vagas.

O emprego no Interior tem ajudado a compensar a perda de fôlego na Região Metropolitana de Curitiba, impactada pela retração do setor industrial e da construção civil. A indústria de transformação instalada na região, como as montadoras de automóveis, de máquinas e equipamentos e de minerais não metálicos vêm sofrendo com a piora do cenário econômico no Brasil, com consumo em queda, juros e inflação em alta. 

De janeiro a maio, a RMC registrou um saldo negativo de 2.344 vagas. Mesmo assim, o Paraná foi o Estado com maior saldo de vagas no país, com 22.723.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná


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