Após
tatear por uma placa com pontos em relevo, ilegível para meus dedos
destreinados, recebo nas mãos um objeto pequeno, poroso e de extremidades
irregulares. André Schmidt, coordenador dos monitores do Museu Dinâmico Interdisciplinar e meu guia na
exposição tátil, explica que se trata de uma vértebra humana. Em seguida ele me
guia a explorar uma vértebra bovina, e depois a comparar os dois a algo que
também tem textura de osso, mas muito maior, que não consigo identificar. “Os
três têm a mesma função, mas essa é a vértebra de uma baleia”, esclarece. Já
tive aulas de biologia, mas uma dimensão completamente diferente da aprendida nos
livros foi atingida com a experiência sensorial na exposição tátil do Mudi.
Mesmo temporariamente sem visão, com uma venda nos olhos, conheci as formas e
composições de microorganismos e vírus como o ebola, bactérias, estruturas
celulares.
A exposição tátil integra a programação da 8ª Primavera dos Museus, que conta com a participação do Mudi e poderá ser visitada até este domingo, dia 28. A mostra é especialmente voltada para pessoas cegas e portadoras de baixa visão. Com orientações em braile e peças representativas de diferentes áreas da Biologia, a proposta é ajudar esse público a aprender de forma prática e lúdica por meio do tato. A exposição conta com materiais relacionados a zoologia como vértebra de baleia, casco de tartaruga, vértebra de bovinos, entre outros.
A exposição tátil integra a programação da 8ª Primavera dos Museus, que conta com a participação do Mudi e poderá ser visitada até este domingo, dia 28. A mostra é especialmente voltada para pessoas cegas e portadoras de baixa visão. Com orientações em braile e peças representativas de diferentes áreas da Biologia, a proposta é ajudar esse público a aprender de forma prática e lúdica por meio do tato. A exposição conta com materiais relacionados a zoologia como vértebra de baleia, casco de tartaruga, vértebra de bovinos, entre outros.
Na área de anatomia há ossos humanos e na área de microbiologia modelos
de parasitos e vírus construídos com material alternativo para representar
lâminas e organismos microscópicos. Juliana Venância da Silva, 37 anos,
portadora de deficiência visual e auditiva, visitou a exposição nesta
quarta-feira, acompanhada da guia Beth Dumont, que a auxiliou a identificar os
objetos e a compreender suas funções. Ela ressalta a importância desse tipo de
exposição “O último contato de Juliana com uma exposição do gênero foi em 2010,
essa experiência é uma forma de levar a ela um conhecimento concreto, em
conjunto com os conceitos aprendidos em aula. Existe uma dinâmica pedagógica
diferente para quem tem deficiência visual e alguns aspectos da ciência podem
ser adaptados de forma multidisciplinar e em várias plataformas. Principalmente
quando se trata da apreensão de conceitos como vida microscópica e composição
dos seres vivos, a experiência sensorial é extremamente importante para o
aprendizado”, enfatiza a guia.
Além da exposição tátil, o Mudi
oferece, em parceria com o Memorial Kimura e a Seção Sindical dos Docentes da
UEM, um espaço de leitura infantil e uma exposição de cartoons. A coordenadora
do Memorial Kimura e uma das idealizadoras da exposição de cartoons, Rosângela
Kimura, relata que a mostra reproduz os trabalhos publicados por um grupo de
cartunistas reunidos no projeto Cartunistas com Gaza. “Somos um grupo de
cartunistas unidos pela revolta que nos causa a barbárie cometida contra a
população de Gaza e de toda a Palestina”, é o texto que os descreve na rede
social. A exposição, de curadoria da cartunista Natalia Forcat, reúne trabalhos
de 18 cartunistas brasileiros. No domingo, dia 28, está programado o Show de
Ciência, com várias apresentações e atividades lúdicas, como a construção de um
microscópio caseiro. As atividades serão realizadas entre 15 e 16 horas. Para
outras informações entre em contato com o Mudi pelo fone (44) 3011-4930.
Reportagem:
Amanda Podanoscki
Fonte: UEM
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